Imagine-se entrando em um site e necessitando digitar seu CPF em algum tipo de cadastro. Agora imagine a situação de abrir uma segunda aba para outra página e necessitando de mais um cadastro, digitando outra vez a numeração de registro na Receita Federal. Cansativo, não é mesmo? Mas tudo pode ficar bem mais simples com ajuda do API CPF.
O que seria um API e qual a sua mágica?
Um usuário acostumado a digitar tudo quantas vezes for necessário ao navegar na internet com certeza acha uma grande mágica encontrar um cadastro pré pronto com as mais diversas informações sobre você, um digitador automático do universo virtual. Não é magia e não tem ninguém vigiando a sua vida, é a mágica realizada pelos APIs.
Para chegarmos até o API aconteceu um grande processo de evolução na troca de dados através da internet. A passagem de informações através do www sempre existiu, mas de uma forma muito complexa e lenta porque diversas linguagens eram utilizadas sem nenhuma integração. Hoje os programadores trabalham com o padrão de protocolo tanto de saída de dados como de linguagem para facilitar a integração entre os sites. E é aí que chegamos ao API.
Se os sites utilizam a mesma base de linguagem e fornecem a informação virtual e de forma gratuita, por que abrir cinco ou seis abas quando o site pode se integrar e te fornecer os dados em apenas uma? Essa é a proposta de um API. Ele integra os sites e executa o serviço de trazer os dados de um para o outro.
A principal proposta do API é integrar as informações para deixar à frente do usuário quando ele requisitar. O que antes se fazia deslocando-se pessoalmente até um endereço ou aguardando dias para uma requisição virtual ser respondida, hoje em segundos é possível receber os dados na tela. E mesmo com a velocidade internet os APIs funcionam perfeitamente.
O que está por trás dos APIs?
O API é uma reunião de ferramentas, linguagens e protocolos com a necessidade básica de fazer um site acessar a base de dados de outro e trazer para você da informação. Ele faz isso de uma forma totalmente distante da mão humana. São duas máquinas se comunicando através de códigos criados por programadores para se entrelaçarem e chegar a um resultado através de uma busca realizada pelo usuário.
O principal para um site se comunicar com outro é eles usarem a mesma linguagem de acordo com o seu pequeno manual de API. Cada saída possui uma espécie de código para comunicação e o API se entrelaçam e permitem o uso.
O API produz informações?
Não. Fazendo uma analogia com um bar o API seria o garçom, o responsável por levar o prato até a mesa. Já o cozinheiro seria a base de dados de onde vem toda a informação.
O API é apenas o caminho por onde são transportadas as informações de acesso de um site para o outro. Ele não cria a consulta e nem ao menos possui uma base de dados. Dentro de sua codificação há todo o caminho para o site seguir até encontrar a informação a qual procura e trazer de volta para mostrar ao usuário.
Ainda na analogia de um ambiente de bar um site um API poderia ser comparado com o menu de opçõe. Estão no cardápio todas as diretrizes do que você pode ou não pedir e os nomes que deve solicitar para receber o prato desejado. Cdsa site possui o seu API para indicar por onde seguir para conseguir o que você de fato deseja.
Você já usou o API CPF alguma vez?
Sim, muitas vezes você pode não ter percebido. Um dos usos mais comuns é entrar em um site e, para fazer login, a página solicitar os seus dados do Facebook já salvos no computador. Se o login da rede social está aberto é só clicar e os dados vão se comunicar para criar uma conta em outra página. Parece magia mas é apenas a boa e velha tecnologia de programação em funcionamento.
O API de uso de dados de perfil de rede social é um dos mais utilizados e um dos mais simples. Sites como Minhateca e até mesmo lojas virtuais já preferem usar as informações do Facebook para criar um novo perfil apenas complementando os dados com outro API para CEP ou CNPJ, por exemplo.
Hoje existem mais de 13 mil tipos de API em funcionamento em sites privados ou de órgãos públicos. Tanto no uso da Internet por meio de navegador, os APIs estão presente para facilitar a vida do usuário comum e louco por uma resposta rápida e simples de um site para seguir a vida com seu uso.
E quando você pede para seguir um blog ou deixa as suas postagens automaticamente sendo publicadas na rede social Facebook ou Twitter? Também existe uma aplicação por trás dela para comunicar os dois perfis de forma sincronizada. Postagens simultâneas no Instagram e Facebook funcionam de igual forma e são muito utilizadas nos perfis sociais.
E o API CPF, para que serve?
Um API CPF possui como finalidade principal a consulta do CPF sem necessitar abrir um segundo site ou aplicativo para requisitar a informação. Um dos formatos mais simples de uso desta aplicação é no preenchimento automático de um cadastro em uma loja ou site que requisite seus dados pessoais. Ao digitar o CPF o nome completo do usuário já aparece na tela, uma integração entre o banco de dados da Receita Federal e a página a qual você está tendo acesso.
Você já deve ter sido surpreendido também digitando uma numeração falsa ou errada pela velocidade do cadastro de pessoa física. Como resultado a página informa que o usuário não existe e pede uma segunda digitação correta. Este é um API funcionando para o cadastramento ser de fato o verdadeiro e evitar fraudes em compras e outros tipos de aplicações financeiras digitais.
Quando você acessa o sistema de um banco e é necessário digitar o seu CPF em primeiro momento, há dois APIs em comunicação para encontrar o cliete. Caso alguém tenha apenas o seu cartão de crédito não vai conseguir acessar a conta porque o aplicativo ‘barrou’ baseado em outra informação.
E naquele momento que você perde a senha de acesso de um site? Existem algumas formas de recuperação. Uma delas é pelo número do CPF. O aplicativo vai consultar na base de dados se esta numeração é relacionada especificamente a este usuário e pode liberar o acesso temporariamente para criação de uma nova senha.
Outro momento extremamente comum é na liberação de crédito em um banco ou até mesmo a aprovação de um cartão de crédito através da plataforma virtual. Há alguns anos você enviaria seus dados(em especial o CPF) e ficava aguardando a resposta em alguns dias. A empresa faria consulta de suas pendências financeiras e enviar uma resposta por e-mail ou pedia um retorno ao banco para informar se o cadastro foi aprovado.
Com uso de uma aplicação no sistema um site de outro país consegue informar se você possui crédito no mercado e pode me fornecer o cartão de crédito ou não em apenas alguns segundos. No geral usa-se o sistema do SPC Serasa para consulta, público e gratuito.
Usar um API CPF é seguro?
Como a maior parte das pessoas sabe, a numeração de CPF é única de apenas um brasileiro, também intransferível. Nascemos com ela no primeiro cadastro e ao falecer ela será inativada informando a morte, não podendo ser reutilizada. Infelizmente esta numeração é extremamente usada para fraudes bancárias, financeiras com compras por terceiros sem autorização e até mesmo criar documentação falsa. Será que é mesmo seguro usar um API CPF?
Os programadores depositam plena certeza na segurança deste tipo de aplicar=ção. Usar um API CPF se torna seguro porque a troca de dados é feita exclusivamente por máquinas. Não há nenhum processo humano envolvido por trás deste tipo de troca de dados virtual e mesmo um programador não possui acesso aos dados de navegação de um site. Seria necessário invadir o servidor e aí todos os usuários da página virtual estariam em perigo.
A questão segurança extremamente debatida quando se fala de internet. Mas o usuário precisa ter a convicção que não é interesse para uma empresa ter seu sistema invadido por hackers e por isso vai tomar a maior quantidade de providências possíveis para esta a troca de dados ser sigilosa e nunca divulgada na grande rede.
Qualquer site com o sistema invadido é considerado de risco e nenhum cliente vai querer se cadastrar e informar seus dados pessoais. Não é interessante para uma empresa ser conhecida no mercado como incapaz de guardar informações pessoais
Os APIs estão em constante evolução também. Há cerca de trinta anos os dados eram enviados de um site para outro praticamente manualmente. A tradução dos códigos demorava tanto que era melhor ir buscar a informação pessoalmente.
Possivelmente em alguns anos teremos um sistema muito mais eficiente e rápido e até mais simples de programar. Talvez não com 100% de segurança porque toda a programação é criada por um humano e outro pode destruir, mas a tendência é se tornar um meio de comunicação cada vez mais seguro.